terça-feira, 12 de julho de 2011
INSS: ministro da Previdência negocia concurso
O ministro Garibaldi e a presidente Dilma estiveram no Rio de Janeiro, no último dia 7, para a inauguração da Estação do Teleférico do Complexo do Alemão e de uma das unidades do projeto piloto "Previdência Aqui", instalada também na comunidade. Nos próximos meses, outras ainda virão para Vila Cruzeiro e Cidade de Deus e Fazendinha.
O presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, que também participou dos eventos, comentou a informação repassada pelo ministro Garibaldi. "O ministro esteve com a presidente Dilma, e trouxe essa possibilidade de termos a autorização, mas ainda não conversei com ele para saber mais detalhes", disse, além de acrescentar que espera receber a autorização ainda este ano.
Em setembro do ano passado, o INSS solicitou ao Ministério do Planejamento autorização para preencher 10 mil vagas (8 mil para técnico e 2 mil para analista do seguro social), escalonadas até 2014. Ainda este ano, a autarquia espera iniciar os preparativos para a contratação de, pelo menos, 2 mil profissionais.
Requisitos - O cargo de técnico requer o nível médio (antigo 2º grau), e o de analista, o ensino superior. Os vencimentos iniciais são de R$2.980, para os técnicos, e R$4.917, para os analistas - com a gratificação de desempenho, a remuneração pode chegar a R$3.280 e R$5.580,respectivamente.
Com o concurso, o INSS busca a reestruturação do quadro de servidores da área de atendimento para fazer frentes às demandas do Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX), que prevê a criação de 720 novas agências, em municípios com mais de 20 mil habitantes. Além disso, o instituto desejar minimizar o déficit de servidores (10 mil, segundo a Anasps) e se preparar para repor os possíveis aposentáveis.
Fonte: Folha Dirigida
Concursos Públicos: Especial – como chegar lá
O serviço público no Brasil já foi um reino de burocratas com poucas aspirações a não ser permanecer num emprego com estabilidade e conquistar aposentadoria com salário integral. Na última década, o perfil do funcionário que serve ao estado se alterou. O serviço público passou a ser um celeiro de talentos e carreiras promissoras. Uma série de mudanças nas políticas de remuneração e promoção fez com que esse setor se tornasse extremamente atraente.
O resultado foi uma multiplicação espetacular no número de candidatos a vagas nas repartições e empresas estatais, que neste ano chega a seu ápice. As estimativas são de que, em 2011, 12 milhões de brasileiros (o dobro de cinco anos atrás) prestem concursos públicos para concorrer a 70.000 vagas oferecidas apenas na esfera federal. A quantidade de empregos multiplica-se por sete quando se somam as oportunidades abertas pelos estados e municípios. Nunca tanta gente quis ser empregado no estado. O número de funcionários públicos também aumentou nesse período. Hoje, nas esferas federal,estadual e municipal, incluindo as estatais, eles somam 10,2 milhões de pessoas, contra 8,9 milhões em 2006. O que atrai tantos candidatos para os concursos, primariamente, são os salários cada vez mais polpudos.
Em 2000, os vencimentos médios de um servidor público federal eram de puco mais de 4.000 reais. Hoje, estão perto dos 7.000 reais – um aumento de 75%. Os valores da iniciativa privada nem sequer chegam perto disso. Em 2000 , um trabalhador com carteira assinada recebia, em média, 1.400 reais Atualmente, ganha 1.500 reais.Quando se examina cada carreira isoladamente, tem-se uma melhor noção de como o serviço público é tentador.
Oito anos atrás, um auditor fiscal da Receita Federal tinha um salário inicial de 5.300 reais. Hoje, ele começa com 13.600 reais. É mais do que o dobro. No mesmo espaço de tempo, o salário inicial de um perito criminal da Policia Civil do Distrito Federal pulou de 7.200 para 13.400 reais. Diz a paulista Mayara Belluzzi, de 23 anos, que em 2010 passou em primeiro lugar no concurso para analista de orçamento do Ministério Público em Florianópolis:'' É o emprego dos meus sonhos. Abdiquei dos fins de semana para estudar e consegui-lo.”
Nesta reportagem, Veja apresenta dez personagens que, assim como Mayara, resolveram prestar concursos públicos e foram extremamente bem-sucedido. Alguns passaram em primeiro lugar nas provas, concorrendo com dezenas de milhares de outros candidatos. Outros foram aprovados em diversos concursos, e puderam optar pelo órgão que oferecia o cargo mais vantajoso.
Baseando-se em sua própria experiência,eles dão um conjunto de dicas a quem pretende se aventurar nos concursos públicos. Não é uma tarefa fácil. A vantagem inicial é que a seleção para os cargos públicos é extremamente democrática: não faz discriminação de idade, condição social, sexo, ou cor da pele- o que nem sempre acontece no setor privado. O sucesso, porém, exige do candidato meses de estudos, debruçando-se sobre os temas indicados pelos editais, os textos que contêm regras dos concursos e o conteúdo que será aplicado nas provas.
É preciso não temer o fracasso: em média, os candidatos se submetem a meia dúzia de concursos antes de serem aprovados.''Concurso não se faz para passar, mas até passar', diz regra de ouro do juiz fluminense Willian Douglas, autor de doze livros que ensinam como ser bem sucedido em exames desse tipo. Mesmo uma sucessão de fracassos ajuda a acumular conhecimento, já que mais da metade do conteúdo que cai nas provas é comum à maioria dos concursos – apenas uma pequena parcela dos exames exige conhecimento s específicos de determinada área. O fato de que a vitória nos concursos seja mérito apenas do candidato faz com que eles atraiam cada vez mais jovens recém-formados , que, na iniciativa privada, esbarram na falta de experiência para conseguir emprego.''Um recém-formado, no setor privado, invariavelmente tem salário inicial baixo. No setor público, com formação superior, pode começar a carreira com salário de 10.000 reais”, observa Ernani Pimentel, presidente da associação Nacional de Proteção e Apoio aos concursos. O gaúcho Carlos Augusto Beckenkamp, de 28 anos, é o típico caso de candidato que venceu no mundo dos concursos pela dedicação e pela persistência.
Aos 17 anos, submeteu-se ao primeiro , dos Correios. O cargo era de carteiro, mas ele não pôde assumir porque era menor de idade. Daí para a frente, passou em outros cinco concursos. Em seguida foi reprovado no primeiro que fez para auditor da Receita Federal, um dos cargos mais almejados do serviço público, com salário entre 13.600 e 19.451 reais. A tristeza durou pouco tempo. Em 2009, Beckenkamp passou em primeiro lugar para a mesma vaga. Seu segredo do sucesso: “Não parei de estudar desde o primeiro concurso. O ritmo diminuiu, obviamente, mas sempre mantive ao menos três horas de estudo por dia”.O candidato que se prepara intensivamente para um concurso gasta,em média, 12.000 reais num ano, com cursinho, material didático e inscrições. Não é pouco, principalmente para um grande contingente de candidatos que deixam de trabalhar para se dedicar integralmente aos estudos.
Segundo a avaliação das escolas preparatórias para concursos públicos, isso é um erro. “Geralmente passa quem não deixa o emprego e sabe conciliar o estudo com o lazer e os programas em família”, diz José Luís Romero, diretor de uma escola especializada em cursos para carreira pública, em São Paulo.Ser aprovado num concurso nem sempre é garantia de emprego imediato. Isso porque muitos deles informam no edital que o cargo está sujeito ao chamado cadastro de reserva, o que significa que talvez seja preciso esperar até a nomeação que pode demorar anos.
Os candidatos que hoje procuram os concursos são atraídos por um período de bonança da maquina burocrática brasileira como há muito não se vê. O funcionalismo cresceu em tamanho e em prestígio no governo de Juscelino Kubitschek e na ditadura militar. Nos dois períodos, o governo investiu pesado em rodovias, em hidrelétricas e na indústria.Trabalhar para o estado era um privilégio. Significava galgar degraus na escala social.
Hoje, as micro e pequenas empresas, com até 99 funcionários, são as que mais empregam no Brasil – 17,2 milhões de trabalhadores do setor formal da economia. Em segundo lugar, vêm as médias e grandes empresas, com 12,8 milhões de empregados.O serviço público, com 10,2 milhões de funcionários está em terceiro lugar. O motivo pelo qual tanta gente tenta ingressar nele são as vantagens que oferece sobre o setor privado.
Embora as chances de subir rapidamente na carreira sejam praticamente nulas – para isso é preciso prestar novo concurso público - , os salários vão subindo gradativamente ao longo dos anos.No funcionalismo federal, o servidor é avaliado a cada doze ou dezoito meses, dependendo da repartição pública. Seu chefe imediato analisa critérios como pontualidade, assiduidade, empenho e relacionamento com os colegas de trabalho.Caso seja bem avaliado, ele receberá um aumento.Se o servidor é escolhido por um superior para ocupar um cargo de chefia, passa a receber uma comissão que se soma ao salário. Outro tipo de vantagem que os servidores públicos têm são os cursos de especialização pagos pelos cofres públicos. Desde que tenham relação com a sua área de trabalho e o pedido seja aprovado pelo chefe, o funcionário pode fazer cursos de especialização em instituições de ensino públicas ou privadas. O transporte, a alimentação, a hospedagem e, se for o caso, a mensalidade do curso são custeados integralmente pelo órgão empregador. O funcionário se afasta do trabalho para se dedicar aos estudos e continua recebendo o salário integralmente.
Os servidores públicos se aposentam com o último salário integral. Os empregados das empresas estatais e das sociedades de economia mista, como a Petrobras, os Correios, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, são contratados com carteira assinada. Em tese, deveriam se aposentar recebendo no máximo os 3.689 reais do INSS.
Na prática, não é assim. Essas empresas contam com fundos de previdência próprios que complementam o valor da aposentadoria dos funcionários para que chegue ao do salário da ativa. Os empregados das estatais não gozam de estabilidade no trabalho, ao contrário dos servidores públicos estatutários – esse é o entendimento da Justiça do Trabalho. De qualquer forma, a situação deles não chega a ser a mesma da iniciativa privada. Dificilmente são demitidos sem justa causa. O regimento de órgãos como o Banco do Brasil, a Petrobras e os Correios determina que se realize um procedimento administrativo para avaliar a necessidade de uma demissão. É compreensível que 12 milhões de brasileiros, apenas neste ano, queiram o governo como patrão.
Os concursos mais cobiçados deste ano
Eles oferecem cargos com boa remuneração e possibilidade de crescimento na carreira. Exigem formação superior e, em alguns casos, pré-requisitos como tempo mínimo desde a conclusão da faculdade ou experiencia na área.
Tribunal Regional Federal
Cargos oferecidos – Juiz federal substituto
Número de vagas – 29
Salário inicial – 21.766 reais
Fim das inscrições – 31 de julho
Ministério Público/ MG
Cargos oferecidos – Promotor de Justiça substituto
Número de vagas – 65
Salário inicial – 19.000 reais
Fim das inscrições – 20 de julho
Procuradoria Geral / MT
Cargos oferecidos – Procurador
Número de vagas – 15
Salário inicial – 19.642 reais
Fim das inscrições – 05 de agosto
Ministério Público/ RJ
Cargos oferecidos – Analista administrativo, analista processual, analista de atos intimatórios e promotor de justiça
Número de vagas – 83
Salário inicial – De 5.969 a 19.000 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para outubro de 2011
Polícia Civil/ DF
Cargos oferecidos – Perito criminal
Número de vagas – 14
Salário inicial – 13.368 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para setembro de 2011
Polícia Federal
Cargos oferecidos – Agente de polícia, escrivão, papiloscopista e delegado
Número de vagas – 1024
Salário inicial – De 7.514 a 13.368 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para o segundo semestre
Polícia Civil/ RJ
Cargos oferecidos – Inspetor e delegado
Número de vagas – 650
Salário inicial – De 3.500 a 9.000 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para o segundo semestre
Sebrae/ DF
Cargos oferecidos – Analista técnico
Número de vagas – 7
Salário inicial – De 4.287 a 8.913 reais
Fim das inscrições – 17 de julho
Prefeitura de Salvador
Cargos oferecidos – Auditor em saúde pública, fiscal de controle sanitário, profissional de atendimento integrado e sanitarista
Número de vagas – 2.147
Salário inicial – De 1.673 a 8.276 reais
Fim das inscrições – 17 de julho
Tribunal Superior Eleitoral
Cargos oferecidos – Analista judiciário
Número de vagas – não foi divulgado
Salário inicial – 6.611 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para o segundo semestre
Tribunal Regional Eleitoral/SP
Cargos oferecidos – Analista judiciário e analista administrativo
Número de vagas – 34
Salário inicial – 6.551 reais
Fim das inscrições – Edital previsto para o segundo semestre
Petrobras
Cargos oferecidos – Advogado, analista ambiental, analista de sistemas, arquiteto, assitente social, contador, dentista, engenheiro, estatístico, geofísico, geólogo, nutricionista e químico
Número de vagas – 148
Salário inicial – De 5.770 a 6.217 reais
Fim das inscrições – 31 de julho
Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
Cargos oferecidos – Analista de empresa de comunicação pública, jornalista e gestor de atividade jornalística
Número de vagas – 173
Salário inicial – De 2.843 a 5.803 reais
Fim das inscrições – 7 de agosto
IBGE
Cargos oferecidos – Supervisor de pesquisa
Número de vagas – 18
Salário inicial – não foi divulgado
Fim das inscrições – Edital previsto para este mês
Confira as dicas dos aprovados
Gustavo Meira, 24 anos de Porto Alegre
1º Lugar para o Itamaraty
“Os simulados, provas fornecidas pelos cursinhos ou disponíveis na internet que servem como exercício, são uma ótima ferramenta de estudo. Devo ter feito mais de uma dezena deles”
Beatriz Chagas, 29 anos de São Paulo
2º Lugar para a Procuradoria-Geral de São Paulo
“O próprio edital do concurso é um bom guia sobre como se preparar. Conhecer bem as regras e o conteúdo que será aplicado nas provas dá maior segurança sobre o que estudar. Para mim, ajudou também estudar o programa de editais de concursos anteriores para o mesmo cargo”
Alexandre Meirelles, 41 anos do Rio de Janeiro
Passou em 5 concursos
“Estudar mais de uma matéria por dia, em vez de destinar horas fixas semanais ao estudo de matérias isoladas, faz com que o conteúdo esteja sempre atualizado na cabeça”
Andrea Costa e Silva , 35 anos de São Paulo
Aprovada em 3 concursos, um deles em terceiro lugar
“Minha estratégia foi prestar concursos que exigem menor nível de conhecimento. Essa é uma boa maneira de se preparar para um salto mais ambicioso em um concurso mais difícil”
Frederico Dias, 29 anos de Belo Horizonte
1º e 9º Lugares em dois concursos federais
“Não adianta ler uma montanha de livros e apostilas, sob risco de se dispersar. Para selecionar o material de estudo específico para cada concurso, eu consultei professores, candidatos experientes e sites especializados”
Carolina Teixeira, 25 anos de Brasília
4º Lugar para a Câmara dos Deputados
“ As provas costumam ter questões muito semelhantes às de concursos anteriores para o mesmo cargo. Por isso, vale a pena estudar e refazer as provas de outros concursos. Eu refiz mais de 100 provas”
Demétrio Pepice, 32 anos de São Paulo
Dois primeiros lugares e um segundo
“Um desafio extra é estudar matérias com as quais não se tem afinidade. Eu fiz um esforço e aprendi a gostar de todas as matérias que caem nas provas. Desse modo consegui evitar que a rejeição a alguma delas me levasse ao fracasso”
Manoel Pastana, 49 anos de São Sebastião da Boa Vista , PA
Aprovado em sete concursos, três deles em primeiro lugar
“ A reprovação faz parte do jogo, e não existe concurso perdido. O conhecimento se acumula até que, um dia, vem a aprovação”
Maria Carolina Caires
32 anos, de São Paulo
3º Lugar para a Secretaria da Fazenda Paulista
“Escolhi com cuidado o meu local de estudos. Para ser produtivo, o ambiente deve ser silencioso e bem organizado. A música atrapalha os estudos, a não ser que seja apenas de fundo e em volume muito baixo”
Marcelo Pinto Ferreira
43 anos, do Rio de Janeiro
1º Lugar para a Petrobras
“Durante os estudos, vale a pena administrar o tempo de forma a tirar um dia de descanso por semana. A quebra na rotina aumenta a produtividade”
Fonte: Reportagem Revista Veja - Julho 2011
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - Educação-MG: saiu concurso para 21.377 vagas
Saiu edital para a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, com oferta de 21.377 vagas. São 5.004 oportunidades para o nível médio, nos cargos de assistente técnico educacional e assistente técnico de Educação Básica e, 16.373 chances para o superior, nas funções de professor de Educação Básica, analista educacional e especialista em Educação Básica.
As remunerações variam de R$911,98 a R$3.300. O prazo de validade do concurso é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, o que possibilitará a chamada de mais aprovados. Os novos servidores terão estabilidade garantida pelo regime estatutário.
As inscrições poderão ser feitas no site da organizadora, a Fundação Carlos Chagas, das 10h do dia 20 de setembro até às 14h de 19 de outubro. Para quem não tiver acesso à internet, a secretaria disponibilizará em cada sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE), computadores com acesso à internet e material para impressão de boleto bancário. Após, o candidato deverá pagar a taxa de inscrição de R$37,41 ou R$47,41.
Desempregados poderão solicitar isenção da taxa no endereço eletrônico da organizadora ou enviar o requerimento via Sedex, das 10h do dia 8 de agosto às 14h de 12 do mesmo mês. O resultado dos pedidos será divulgado em 6 de setembro.
Em 8 de janeiro será realizada a prova objetiva, composta de 60 questões de Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos. Esse exame terá duração de quatro horas. Para ser aprovado, o candidato terá que alcançar 50% dos pontos. Posteriormente, haverá avaliação de títulos.
Fonte: Folha Dirigida
PRF quer abrir mais de 2,6 mil vagas até 2013
Quem espera por uma chance de se tornar um policial rodoviário federal já conta com boas perspectivas de ver abertas novas oportunidades em médio prazo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve abrir nos próximos dois anos mais de 2.600 vagas no cargo, que proporciona estabilidade e uma remuneração inicial de R$6.108,95 (incluindo auxílio alimentação de R$304).
Isso se deve ao objetivo do departamento de preencher, até o fim de 2013, os 13.098 cargos que compõem a carreira de policial rodoviário federal, segundo informou, com exclusividade, à FOLHA DIRIGIDA o coordenador-geral de Recursos Humanos da PRF, inspetor Adriano Furtado.
"Teremos grandes eventos, a exemplo da Copa do Mundo e das Olimpíadas, e precisamos implementar essas contratações para absorver as demandas de trabalho. E não só para absorver as demandas. Hoje, o nosso quadro é deficitário. O quadro efetivo da Polícia Rodoviária Federal é aquém do necessário", justificou.
De acordo com o plano de ação apresentado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em abril, pela diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento, o departamento conta com 9.133 policiais para realizar o patrulhamento dos mais de 66 mil quilômetros de rodovias federais do país, o que dá uma média de um policial a cada sete quilômetros, aproximadamente.
Com o ingresso dos 216 convocados para o curso de formação concluído este mês (conforme autorização para nomear excedentes do concurso aberto em 2008, para vagas no Pará e Mato Grosso, concedida em junho pela presidente Dilma Rousseff) e com a possibilidade de contratação de até 1.125 aprovados por meio do concurso que está prestes a ser retomado (incluindo os 50% sobre a oferta original, de 750 vagas, como permite a lei), pelo menos 2.624 vagas precisarão ser oferecidas em novos concursos, para que o objetivo de ocupar todos os cargos ociosos seja alcançado.
Possibilidade de concurso já em 2012 - Na apresentação do plano de ação do departamento - que destaca como uma das ações mais relevantes a busca pela manutenção contínua do quadro de pessoal -, um dos temas que despertou interesse especial do ministro Cardozo foi a recomposição anual do efetivo do órgão, segundo divulgou a própria Assessoria de Comunicação Social da PRF.
Entretanto, como explicou Furtado, a abertura de um novo concurso já em 2012 dependerá da retomada e conclusão da seleção que foi interrompida no fim de 2009 devido à fraude no resultado das provas objetivas. "Possibilidade há. Mas as coisas têm que funcionar muito harmônicas para que, eventualmente, ocorra uma situação nesse sentido", disse o coordenador de RH da PRF, levando em consideração o fato de que uma nova seleção só poderá ser aberta após o fim do prazo de validade da atual, que será de um ano, havendo ainda a possibilidade de prorrogação por igual período, a critério da administração.
A continuidade do concurso de 2009 depende, no momento, da aprovação por parte da Advocacia-Geral da União (AGU) de um acordo proposto pela FunRio (organizadora afastada da seleção), o que pode acontecer nos próximos dias, e da obtenção de previsão orçamentária para realizar as etapas restantes a partir da contratação de uma nova organizadora, uma vez que a proposta feita pela fundação não prevê o repasse dos valores arrecadados com as inscrições dos candidatos.
Outro fator que pode viabilizar a realização de um novo concurso já no ano que vem é o aproveitamento integral do banco de aprovados antes do fim da vigência da seleção. Nesse sentido, caso a PRF consiga, ainda em 2012, a autorização para convocar mais aprovados até o limite de 50% sobre as 750 vagas oferecidas, como é permitido, restarão apenas 375 candidatos aguardando serem chamados, já que ao longo do processo seletivo serão eliminados os classificados além de duas vezes o número inicial de vagas.
O aproveitamento desses excedentes poderá se dar a partir de autorização presidencial, como aconteceu com os classificados além do número de vagas no concurso para o Pará e Mato Grosso, tendo em vista a grande necessidade de pessoal do órgão. O número de remanescentes pode ser ainda menor se algum aprovado dentro do número de vagas, por qualquer motivo, ficar impedido de tomar posse no cargo.
Também pode contribuir para agilizar a abertura de uma nova seleção o fato do ministro José Eduardo Cardozo ter anunciado durante o lançamento do Plano Estratégico de Fronteiras, no início de junho, que serão preenchidos cargos de policial rodoviário federal, assim como de policial federal, por meio de concursos, com os aprovados sendo lotados nas fronteiras, o que, a princípio, não seria feito por meio do concurso atual, que tem as vagas distribuídas por diferentes estados, inclusive fora das regiões fronteiriças.
Furtado não informou quantas vagas podem ser oferecidas em uma eventual seleção no ano que vem, mas independentemente disso e até mesmo de quando será, realmente, realizado o próximo concurso, o fato é que se depender do objetivo da PRF, ao menos 2.600 oportunidades serão abertas em um futuro próximo. "Nós temos que chegar aos 13.098 antes da Copa do Mundo. Essa é a nossa meta", ressaltou o inspetor.
Fonte: Folha Dirigida